O septo nasal é a parte do nariz que divide as fossas nasais em cavidade nasal direita e esquerda, esta estrutura é composta por cartilagem e osso, e deve se encontrar na linha média. Quando o septo nasal fica torto para um dos lados e faz com que o nariz fique entupido, é necessária a correção cirúrgica.
A função do nariz é purificar, aquecer e umidificar o ar inspirado, bem como servir de câmara de ressonância para o som e possibilitar o olfato. Quando o nariz está entupido há aumento de perda de energia com a respiração, com prejuízo evidente para a saúde.
Muitos pacientes, além do desvio do septo nasal, apresentação aumento do volume dos cornetos (conchas nasais) devido a rinite (alérgica ou não), que piora ainda mais o entupimento nasal. A Septoplastia frequentemente é associada a diminuição do volume dos cornetos, este procedimento também é feito por via endoscópica e denomina-se Turbinectomia ou Turbinoplastia.
Caso o desvio do septo nasal esteja associado a deformidade do dorso ou ponta nasal, pode ser necessário corrigir simultaneamente a aparência externa para melhorar o funcionamento nasal, constituindo-se assim na cirurgia denominada Rinosseptoplastia.
Como é realizada a cirurgia?
A Septoplastia é a cirurgia realizada para a correção de desvios do septo nasal. A cirurgia é feita por dentro do nariz (por via endoscópica nasal) por meio de fibra ótica com o auxílio de vídeo, não sendo realizado incisões externas. A cirurgia demora cerca de 30 a 60 minutos, dependendo da complexidade do desvio.
Uma tala de silicone é deixada no nariz por uma semana, quando então é retirada no consultório. Não se faz necessário o uso de tamponamento nasal, porém, excepcionalmente pode ser necessário.
Quais são as possíveis complicações?
Hemorragia – Nas primeiras 12 horas é comum haver algum sangramento, que cede espontaneamente. Sangramentos persistentes e volumosos são raros, mas podem exigir tamponamento, ligadura de vasos e até transfusão sanguínea.
Infecção – Raramente ocorre, sendo controlada com curativos e uso de antibióticos.
Abscesso do Septo Nasal e Hematoma – Abscesso é o acúmulo de pus e hematoma é o acúmulo de sangue na área operada. Podem ocorrer em raros casos e exigir drenagem cirúrgica.
Perfuração do Septo Nasal – É rara, e normalmente não necessita de reparo cirúrgico.
Sinéquias – Aderências cicatriciais podem ocorrer no interior do nariz. São desfeitas com curativos e raramente exigem outra intervenção cirúrgica.
Sinusite – É uma complicação pós-operatória possível, cedendo espontaneamente ou com o uso de antibióticos.
Hematoma de Face, Lábio Superior e Palato (céu da boca) – é o acúmulo de sangue na região operada, geralmente em cirurgias nasais extensas, e cede espontaneamente.
Cuidados pós-operatórios
O paciente geralmente recebe alta no mesmo dia da cirurgia.
Deve ser mantido repouso relativo cerca de 48 horas após a cirurgia, ocorre normalmente a saída de pequena quantidade de sangue pelo nariz e/ou garganta, sendo igualmente importante uma higienização nasal com soro fisiológico naqueles pacientes que foram submetidos a cirurgia sobre os cornetos inferiores (Turbinectomia).
O splint (tala de silicone) nasal interno é retirado do nariz no consultório, no primeiro retorno após a cirurgia, no 7º dia de pós operatório, juntamente com o primeiro curativo nasal.
FONTE: https://www.abc.med.br/